Samuel Fuller

Ultimamente tenho redescoberto a obra magnífica de Samuel Fuller ( 1912-1997), um diretor que não teve o real reconhecimento de sua obra enquanto vivo.Seus filmes tratam de temas controversos, são densos, amargos, bem diferente dos filmes hollywoodianos tradicionais.

Fuller foi o diretor de obras como Shock corridor (filme adorado por Martin Scorcese e o qual ele presta homenagem em seu mais novo trabalho), The Naked Kiss, The Big red one (Agonia e Glória), White Dog, entre outros, já que sua filmografia inclui mais de 50 filmes (tanto como diretor como roteirista).

Tendo iniciado sua carreira como jornalista e também como correspondente de guerra, Fuller gostava de retratar a realidade nua e crua e seus filmes mostram bem isso: seja num hospício como em Shock Corridor (no qual um jornalista resolve investigar o hospício e acaba sendo confundido com um louco), numa cidade pequena (na qual a protagonista de Naked kiss se muda e vê que lá a realidade é tão dura quanto na cidade grande), numa guerra (em Big Red One, onde o pano de fundo é a Segunda Guerra Mundial). White Dog, relançado recentemente pela Criterion, é um filme sobre um cão treinado para matar afro-americanos, o filme nunca chegou a ser lançado comercialmente nos EUA pelo tema e Fuller acabou se mudando para a França em consequência disto.

Em Pierrot Le Fou de Godard, o cineasta francês presta uma homenagem a Fuller, onde ele (Fuller) faz o papel de um diretor de cinema e tem a famosa fala: ¨Cinema é como um campo de batalha... amor, ódio, ação, violência, morte, em uma palavra emoção¨

Nos extras de Agonia e Glória (lançado em dvd no Brasil), há um pequeno documentário com Fuller explicando um pouco de cada um de seus principais filmes, vale a pena ver o trabalho deste grande diretor.

Na foto acima uma cena do chocante Shock Corridor (traduzido no Brasil como Paixões que alucinam).

Jacques Renault & Holy Ghost

Dois dos meus nomes preferidos hoje na música, o dj Jacques Renault e o Holy Ghost (autores do mega hit do ano passado: Hold on)uniram suas forças e fizeram um mix disco sensacional que tem de tudo um pouco: Harold Melvin, First Choice, Michael Jackson, misturado com coisas novas como Cut Copy e tudo mexido por eles, dando nova cara a coisa antigas e mantendo sempre a modernidade, sensacional.

Para baixar,basta acessar o link abaixo:

http://this.bigstereo.net/2009/04/16/holy-ghost-jacques-renault/

La Roux

La Roux (a ruiva em francês) também é uma das minhas favoritas do momento. Com seu estilo electropop, a inglesa La Roux ainda não tem um álbum, mas com a música Quicksand (incluida na coletânea Kitsuné Tabloid 6))ela estourou nos blogs e afins.

Com a agenda lotada de shows pelo hemisfério norte, ela abriu para Lilly Allen na recente turnê pela Inglaterra do lançamento do novo disco de Lily, It´s not me, it´s you. Agora em abril ela toca em Coachella, logicamente.

O EP de Quicksand já pode ser encontrado no ITunes e também alguns remixes, incluindo o da nova música In for the kill. Nos blogs também se encontra muitos outros remixes bacanas.

O site dela está muito bem feito: www. laroux.co.uk e lá dá para achar muita coisa legal como os videoclipes, shows, blog, novidades, links para myspace e muito mais. Voce também pode se cadastrar para fazer downloads de graça, basta preencher os seus dados de email e pronto.

Abaixo, uma das apresentações de La Roux em Paris:

Lykke Li

Lykke Li é uma das novas sensações da música. Sueca, na faixa dos 20 anos, Lykke perseguiu seu sonho e agora é uma das artistas novas mais requisitadas do momento. Ela tem um timbre de voz meio infantil, mas suas músicas são indiepop de primeira.

Seu primeiro álbum chama Youth Novels e foi lançado no ano passado e desde então só se fala nela. Ela já esta bookada para vários shows no hemisfério norte, inclusive no festival de Coachella, o festival de quem é quem no mundo da música hoje.

Destaque para as músicas: Breaking it up, Dance,dance,dance, Little Bit e I´m good, I´m gone, todas já lançadas em singles e com remixes incríveis (basta procurar nos blogs).

O álbum foi produzido pelo Peter, do Peter, Bjorn & John (que tocaram ano passado na invasão sueca em SP). Ela também faz participação no novo álbum do Royksopp, Junior, na música Miss it so much (uma das melhores do disco)e também no disco do N.A.S.A. na música Gifted ao lado de Kanye West e Santigold.

Vale a pena ver o site dela: http://www.lykkeli.com/ e a página dela no myspace: www.myspace.com/lykkeli e conhecer mais o trabalho dela. No site inclusive tem a sua primeira música, Tonight, para baixar inteiramente de graça.

Com o fim do Tim, vamos torcer para que algum festival a traga e logo.

Abaixo seu video mais recente Little Bit.

Marilyn forever

Marilyn Chambers foi encontrada morta em seu trailer na California por sua filha e até agora não sabem o motivo de sua morte.

Marilyn foi a maior estrela pornô dos anos 70 (não confundir com Linda Lovelace de Garganta Profunda 1 e 2) e estrelou o clássico dos clássicos do pornô: Behind the green door (Atrás da porta verde), de 1972. O filme foi marcante, pois trouxe o pornô para o mainstream, além de ter uma estória boa e cenas memoráveis, como a cena em que faz sexo pendurada numa espécie de trapézio.

Ela estrelou muitos filmes do gênero e contracenou com os maiores astros da época como John Holmes, Peter North, entre outros.

Um detalhe interessante: antes de estrelar Behind the green door, Marilyn fez um anúncio para o sabonete Ivory Soap da Proctor & Gamble. Quando o sabonete foi lançado, o filme já estava passando, assim ele acabou saindo de circulação pois a imagem de Marilyn já estava associada á indústria pornô.

Marilyn também estrelou um filme que não era pornô, Rabid, dirigido pelo mestre David Cronenberg, onde era a atriz principal e está muito bem no papel, provando a todos que também sabia atuar.

Monty

Montgomery Clift foi um dos maiores atores americanos de todos os tempos. Tanto James Dean como Marlon Brando se inspiravam nele para compor seus personagens.
Monty (como era chamado pelos seus amigos mais íntimos)faleceu apenas aos 45 anos e teve uma vida trágica, pois era homossexual não assumido e viciado em remédios.

Na sua época de galã, era um dos rostos mais bonitos que Hollywood já teve: como esquecer a famosa cena dele dançando com Elizabeth Taylor no clássico A Place in the sun (Um lugar ao sol). Ele também estrelou A um passo da eternidade , filme pelo qual concorreu ao Oscar de melhor ator.

Aliás, Liz era uma de suas grandes amigas e sempre esteve ao lado dele nos momentos mais difíceis. Certa vez, no meio da filmagem de Raintree County, ele teve um terrível acidente de carro que afetou seu rosto, ele chegou a se operar e realmente seu rosto mudou um pouco. Liz bancou toda a operação dele pós acidente.

Recentemente vi no youtube cenas de um documentário sobre ele onde amigos e família falam de sua personalidade sempre em conflito. Mesmo assim, ele sempre escolhia bem seus papéis, procurando optar por filmes desafiadores como Freud Além da alma, Os desajustados (ambos dirigidos por John Huston),De repente no último verão (baseado num texto de Tenessee Williams onde contracenava com Liz Taylor e Katherine Hepburn), além de ter trabalhado com Alfred Hitchcock e Vittorio de Sicca.

Acima, uma foto dele com Elizabeth Taylor em um dos filmes mais bonitos e trágicos de todos os tempos: A Place in the sun.

where the wild things are por Spike Jonze

Spike Jonze vem ai em um novo filme cujo trailer já caiu na rede e tem aquele cuidado visual que o diretor está acostumado a ter em seus filmes.

Trata-se de Where the wild things are, cuja estória é baseada no famoso livro infantil de Maurice Sendak (somente em versão em inglês)e cuja estréia está prevista somente para depois do dia das crianças, em 16/10.

A estória é toda narrada com criaturas meio monstrengas, mas que são super fofas e divertidas, o trailer (ver abaixo) é muito bacana e atentem para o elenco: Mark Ruffalo (de Zodiac), Catherine Keener (que Spike Lee adora e trabalhou com ele em Quero ser John Malkovich), James Gandolfini (o eterno Tony Soprano),Lauren Ambrose (a Claire de Six Feet Under), Forrest Whitaker, entre outros.