quarta-feira, 29 de abril de 2009
Samuel Fuller
Ultimamente tenho redescoberto a obra magnífica de Samuel Fuller ( 1912-1997), um diretor que não teve o real reconhecimento de sua obra enquanto vivo.Seus filmes tratam de temas controversos, são densos, amargos, bem diferente dos filmes hollywoodianos tradicionais.
Fuller foi o diretor de obras como Shock corridor (filme adorado por Martin Scorcese e o qual ele presta homenagem em seu mais novo trabalho), The Naked Kiss, The Big red one (Agonia e Glória), White Dog, entre outros, já que sua filmografia inclui mais de 50 filmes (tanto como diretor como roteirista).
Tendo iniciado sua carreira como jornalista e também como correspondente de guerra, Fuller gostava de retratar a realidade nua e crua e seus filmes mostram bem isso: seja num hospício como em Shock Corridor (no qual um jornalista resolve investigar o hospício e acaba sendo confundido com um louco), numa cidade pequena (na qual a protagonista de Naked kiss se muda e vê que lá a realidade é tão dura quanto na cidade grande), numa guerra (em Big Red One, onde o pano de fundo é a Segunda Guerra Mundial). White Dog, relançado recentemente pela Criterion, é um filme sobre um cão treinado para matar afro-americanos, o filme nunca chegou a ser lançado comercialmente nos EUA pelo tema e Fuller acabou se mudando para a França em consequência disto.
Em Pierrot Le Fou de Godard, o cineasta francês presta uma homenagem a Fuller, onde ele (Fuller) faz o papel de um diretor de cinema e tem a famosa fala: ¨Cinema é como um campo de batalha... amor, ódio, ação, violência, morte, em uma palavra emoção¨
Nos extras de Agonia e Glória (lançado em dvd no Brasil), há um pequeno documentário com Fuller explicando um pouco de cada um de seus principais filmes, vale a pena ver o trabalho deste grande diretor.
Na foto acima uma cena do chocante Shock Corridor (traduzido no Brasil como Paixões que alucinam).
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